quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Aula 11: Dialogando como uma Escola Pública sobre educação.

Depois da entrevista com alunos reprovados, o Professor propôs que, em grupos fizéssemos agora uma entrevista com escolas, a fim de dialogar e tentar conhecer um pouco da realidade dentro delas.

A escola escolhida pelo meu grupo, foi uma localizada no Município de Belford Roxo e os questionamentos que decidimos abordar foram os seguintes:

1. A diminuição do IDEB do ano de 2011 (4,1) para em 2013 (3,8);
2. O aumento da reprovação desde 2010.
3. O fato de o 5º ano da escola ter taxas melhores de aprendizagem em Matemática e Português do que das outras escolas do município em geral.
4. Taxas de abandono.
5. Dificuldades em relação à recuperação paralela e também à falta de recursos financeiros.

   A partir disso, ao perguntarmos sobre a diminuição do índice do IDEB, a problemática foi justificada pela troca de professores contratados. Neste contexto, uma notícia boa é que não há mais professores contratados na escola proporcionando assim, mais chances de se atingir um bom desempenho.
   Sobre a reprovação que só aumenta desde 2010, são vários os fatores que podem influencia neste resultado. Dentre eles: O fato da própria equipe ser a favor da reprovação, no sentido de que o aluno tem que aprender o mínimo possível para poder ir para a série subsequente, bem como a entrada de alunos que muitas vezes ainda não estão no mesmo ritmo da escola.
   Quanto ao fato do 5º ano da escola ter taxas de aprendizagem de 24 % em Português e 21% em Matemática. Taxas essas, melhores relação às demais escolas de Belford Roxo, a escola responde que deve-se à forma diferente em que duas professoras trabalham estas disciplinas. A professora que gosta mais de matemática, dá mais tempos desta matéria e a de Português, a mesma coisa. Sem contar, que a equipe utiliza materiais didáticos de programas de outros municípios e também são realizadas pesquisas na internet sobre questões que normalmente caem nos grandes sistemas avaliativos.
   No que diz respeito ao índices de abandono, é afirmado que isso se dá por conta do reconhecimento da comunidade pelo trabalho que é realizado na escola. A escola realiza várias atividades que contam com a participação da comunidade do entorno, apesar de não realizar uma gestão democrática. Logo, este índice de abandono só aumentou por conta da criminalidade na região que cresce a cada dia.
   Em relação à recuperação paralela, a escola responde que é algo que não acontece, uma política para "inglês ver". E por fim, é importantíssimo ressaltar, que este ano a escola não contou com o repasse de verbas e que isso dificulta e muito o trabalho. Neste ínterim, a sala de recursos é onde mais percebe-se isto. E por mais que professor pareça ser bastante esforçado e dedicado, tem suas ações limitadas, por conta dessas questões financeiras. Apesar de tudo, na escola são realizados grupos de estudos para discussões e reflexões dos professores.

2 comentários:

  1. O fato do IDEB da escola ter sofrido uma diminuição não invalida o trabalho desenvolvido por ela. Uma escola não é constituída pela nota que alcança na referida avaliação. Se partimos do pressuposto de que a nota pela nota é o reducionismo do trabalho desenvolvido, não podemos cair na armadilha do senso comum de questionarmos educadores e diretores sobre 'diminuição' de nota. Devemos voltar nossos olhares para o que realmente importa, a questão da evasão escolar e da distorção idade/série, adotando políticas de resgate, acompanhamento e diminuição da distorção. Com políticas afirmativas de combate a evasão e acompanhamento dos alunos em risco de retenção, teremos adotado ações que realmente irão contribuir para a melhoria da qualidade da educação nas escolas das periferias.

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